O que é uma terapia em grupo?

Parte de um princípio primordial à subsistência de nossa humanidade:

A PARTILHA de situações-problema, usualmente, mútuas, à busca vital, consciente ou incontinentemente, de encontrarmos eco/referência às nossas necessidades, dores e sentimentos em outros seres humanos (1), que passaram ou estão passando por circunstâncias similares: de difícil gestão, em sofrimento, traumáticas, etc.

Os participantes estariam abertos a compartilhar e receber com atenção, respeito e compromisso de sigilo (2), o relato dos desafios de vida de cada um, sem nenhum julgamento ou acepção de pessoas, por qualquer condição, fraqueza, deslise (ou pecado).

A prática — e participação — em grupos terapêuticos e os resultados descobertos de sua eficácia se tornaram tão importantes, que:

“Em 2018 a American Psychological Association decidiu reconhecer a psicoterapia de grupo como uma especialidade [...], considerada uma área de educação adicional equivalente à da psicologia clínica ou de aconselhamento.” (3)

A Terapia em Grupo online da TCI:

Foi desenvolvida num esquema terapêutico diferenciado, que engloba as três principais abordagens que a American Psychological Association qualifica como:

Suporte: apresenta meios em grupo a fim de dar suporte às necessidades e dores de seus participantes, sistematicamente.
12 Passos: estabelece rotinas na forma de “passos” à consciência e autorresponsabilização na vida física, emocional e espiritual de cada participante.
Autoajuda: qual, por revelação, na partilha e nos feedbacks (4), comentários recebidos dos demais participantes do grupo (somente com permissão de quem partilha), faz com que a própria pessoa possa se ver — num “efeito espelho” — a fim de poder ajudar/melhorar, a si mesma e quem partilha com insights/percepções inusitadas.

Essa junção e adaptação dos três tipos de grupo num só, é fruto das experiências obtidas na participação e condução de grupos nos mais variados espectros problemáticos do comportamento humano, de vícios a traumas, de fobias a abusos, entre outros.

Todos os processos em grupo, primam gerar nos participantes, o seu principal efeito curador: A CONEXÃO entre os participantes, consequentemente, consigo mesmo, gerando um ciclo de autopercepção — ou revelação — e cura. (5)

Esta é a chave do sucesso terapêutico de qualquer grupo e objetivo primas da dos grupos terapêuticos da TCI a cada participante:

Conectar-se com as necessidades, dores e sentimentos do próximo para poder se reconectar (identificar e identificar-se) às reais necessidades, dores e sentimentos de si próprio, num processo de descobrimento, arrependimento, autorresponsabilização e cura!

Como a “CONEXÃO” ocorre nas Terapias em Grupo da TCI

O esquema central da terapia de grupo TCI está na PARTILHA.
Desta surgem todos os demais efeitos, à COMPREENSÃO (dos ocorridos, circunstâncias, necessidades e dores, das dificuldades) de quem compartilha;
Obtendo-se uma VISÃO mais verdadeira/real de quem a pessoa é, por um lado e, por outro, num “efeito espelho”, vendo-se como ela mesma está, reconhecendo-se também nos processos compartilhados por seus colegas.
Com isso, à maioria das circunstâncias partilhadas, promove a associação de contextos, necessidades e sentimentos (comuns à história humana) entre participantes, gerando-se a EMPATIA em quem ouve.
Qual leva, numa espiral mais funda, o despertar da vontade de partilhar, à compreensão do outro e de si próprio — como seres humanos que passam por condições/situações similares, que lutam, sofrem, e que são desafiados por suas limitações, em similaridade de contexto, ou intensidade. Ou seja, à CONEXÃO. (5)

Base Cristã dos Grupos Terapêuticos da TCI:

(14)

Nos grupos da TCA não há “acepção [preferência] de pessoas” — como já foi salientado (6). Recebemos todo tipo de condição humana, sem fazer nenhum tipo de pre-julgamento ou inquérito de admissão. (7)
Igualmente, é terminantemente proibido tecer qualquer comentário não solicitado/autorizado e/ou julgador (8). Levando quem o fez a ser advertido, separadamente, no grupo e, numa terceira ocorrência, o desligamento imediato. (9)
A todas as pessoas que estejam com “boa-vontade” para ajudar-se num processo de “paz” (pacificador, reconciliador) com Deus, consigo e com os demais a sua volta, são bem-vindas... (10)
Os grupos são desenhados a fim de ajudar pessoas a se conectarem com Deus e consigo mesmas, num processo de partilha e conexão (11).
A fim de se enxergarem, identificando necessidades de mudança de comportamentos que estariam levando a resultados indesejáveis. (12)
Que, usualmente, são a causa de todos os males na vida humana: ações e reações (comportamentos) onde se “erra o alvo, ou caminho”, com Deus, consigo mesmo e com os outros. Comportamentos (voluntários ou compulsivos), os quais vulgarmente a verdade bíblica chama de: “pecado”. (13)

Como Participar:

Para participar, basta preencher o Formulário de Solicitação de Participação, abaixo. As informações solicitadas são importantíssimas para lhe conhecer melhor, mais a fundo, os desafios que esteja enfrentando a fim de encontrar o melhor perfil de grupo.

Em breve lhe enviaremos uma posição sobre a existência de vagas, dias/horários e o nome/contato do responsável pelo grupo.

Havendo vagas, o responsável pelo grupo fará contato e lhe enviará o link (Google Meet) do grupo para sua participação.

Google Meet: é o aplicativo que se usa para realizar as reuniões online, disponível em todo o tipo de computador, celular ou tablet.

Quando acontecem os grupos e sua duração:

Os grupos acontecem em dias variados, usualmente no período noturno, com início entre 18h e 20h, com duração aproximada — isso depende do número de pessoas (veja abaixo) — entre 60 a 90 minutos, no máximo.

A ocorrência é semanal ou quinzenal, e a manutenção da participação no grupo depende diretamente da sua frequência às reuniões, assim como sua assiduidade (pontualidade), participação, comportamento — basicamente.

Número de pessoas por grupo e perfil:

Os grupos variam entre três e doze participantes, mais o facilitador (responsável). Esse número é calculado a fim de que todos possam participar ao menos por cinco a sete minutos, expressando-se: compartilhando, fazendo comentários, etc.

Como ocorrem as partilhas nos grupos, entre outras informações necessárias:

As partilhas são o coração dos grupos. Diferentemente, da razão de ser de um grupo: pessoas interessadas em se autoajudar e ajudar o próximo, a partilha ocorre naturalmente tanto àqueles que já foram iniciados, por iniciativa própria, como àqueles que perceberão as vantagens terapêuticas de se abrir com colegas que passam por circunstâncias e dores muito similares às suas — conforme já exposto no quadro “conexão”, acima.
Todos são convidados a partilhar. Partilha apenas quem quer, em ordem, um a um, com tempo e regras determinadas.
- A pessoa que compartilha pode permitir, comunicando na sua vez de partilhar, que estaria aberta a possibilidade de receber comentários e feedback, dos demais participantes:
  - são observações feitas na primeira pessoa de quem comenta ("eu pervebi...", "eu senti..."), relativo a sentimentos, percepções, vislumbres, de si próprio, ou de contextos e personagens relatados por quem compartilhou.
  - sempre numa postura e linguagem abertas, ou seja, não conclusivas, nem julgadoras ou fechadas (sem emitir opinião própria sobre algo, ou dar conselhos), a fim de muito mais "se ouvir", ou "se ver", do que querer ajudar o outro.
  - sempre ao final, numa solicitação formal.
  - os comentários e feedbacks abertos, também são realizados em ordem, um a um, com tempo e regras determinadas.
A operação dos grupos é de forma organizada e equânime a seus participantes, via a pessoa do facilitador (responsável) do grupo. Este traz, expõe/explica e pondera o grupo dentro do que fora determinado à reunião: data/horário, participantes, tempo de partilha e comentários/feedbacks, posturas e linguagens que devem ser seguidas às partilhas e feedbacks.

Número de pessoas por grupo e tempo de partilha:

Os grupos variam entre três e doze participantes, mais o facilitador (responsável). Esse número é calculado a fim de que todos possam participar ao menos por cinco a sete minutos expressando-se (compartilhando, fazendo comentários, etc.)

Venha participar conosco de nossos grupos terapêuticos:

Preenchendo o formulário abaixo, e aguardando o convite de participação.

Caso não tenha recebido, não deixe de nos contatar pelo botão, clicando aqui ou no botão acima “contate-nos”, que em brave retornamos expondo o que estaria acontecendo.

Referências e notas

(1) “Os grupos de terapia são cruciais devido à natureza de uma equipe que envolve compartilhar o mundo afetivo de um indivíduo e depois ser aceito pelos outros membros. A coesão do grupo estabelece um ciclo positivo de autofortificação de credibilidade, autorrevelação, compaixão, aprovação e confiança novamente (Yalom & Leszcz, 2020). Os membros de um grupo coeso podem estabelecer um relacionamento duradouro baseado na atratividade existente dentro da própria equipe (Yalom & Leszcz, 2020). Portanto, um líder de um determinado grupo terapêutico deve ter muito cuidado ao abordar problemas que possam comprometer a coesão dentro de uma equipe. Notavelmente, a coesão cria aceitação e confiança no grupo, que funcionam como mecanismos pelos quais personalidades perturbadas podem ser ajudadas. O processo de características iniciado inclui o aumento da disposição do cliente para expressar livremente seus sentimentos e a capacidade de testar a realidade e tornar-se mais discriminatório em sentimentos (Yalom & Leszcz, 2020). Além disso, os clientes do grupo podem tomar consciência da discordância entre as suas experiências e o autoconceito (Yalom & Leszcz, 2020). Embora seja a experiência do cliente o que mais importa, as ações e a conduta do terapeuta podem ter um efeito retumbante na aceitação e na confiança dentro do grupo.” PsychologyWriting. (2022, December 1). The Theory and Practice of Group Psychotherapy. Group Cohesiveness. PsychologyWriting.com. https://psychologywriting.com/the-theory-and-practice-of-group-psychotherapy/ (2) "Quanto devo compartilhar? A confidencialidade é uma parte importante das regras básicas da terapia de grupo. No entanto, não há garantia absoluta de privacidade ao compartilhar com outras pessoas, portanto, use o bom senso ao divulgar informações pessoais. Dito isto, lembre-se de que você não é o único que compartilha sua história pessoal. Os grupos funcionam melhor onde existe uma comunicação aberta e honesta entre os membros. Os membros do grupo começarão como estranhos, mas em pouco tempo você provavelmente os verá como uma fonte de apoio valiosa e confiável." Johnson, B. (2019, October 31). Psychotherapy: Understanding Group Therapy. American Psychological Association. https://www.apa.org/topics/psychotherapy/group-therapy (3) Rosendahl, J., Alldredge, C. T., Burlingame, G. M., & Strauss, B. (2021). Recent Developments in Group Psychotherapy Research. American Journal of Psychotherapy, 74(2). https://doi.org/10.1176/appi.psychotherapy.20200031 (4) "O comentário sobre o processo do grupo é uma reflexão sobre suas verbalizações e outras ações observadas, sem interpretá-las. Ele usa o grupo inteiro como foco e base para o comentário, baseia-se em comportamento observável que pode ser descrito, se questionado [...] para trazer mais consciência aos membros do grupo como parte de seu crescimento e cura pessoal. [...] Além disso, o trabalho de Lewin (1944) enfatizou ainda mais os resultados positivos como motivos para o grupo examinar seu próprio processo como um meio de entender melhor as preocupações individuais dos membros do grupo." W. Brown, N. (2018). Group-as-a-Whole Process Commentary. Group, 42(1), 35–48. p. 37. Eastern Group Psychotherapy Society. https://doi.org/10.13186/group.42.1.0035 (5) Larkin, N. (n.d.). Another great clip from our guest speaker two weeks ago. @Thesanctuaryfl; Instagram. https://www.instagram.com/reel/Cu7WKRvgF02/?igshid=NjFhOGMzYTE3ZQ%3D%3D (6) "Mas glória, honra e paz a todo homem que pratica o bem [...], pois não há acepção [preferência] de pessoas para com Deus. Porque todos os que sem [conhecimento da] lei* pecaram, sem lei também perecerão; e todos os que pecaram segundo a lei [com conhecimento dela] serão julgados pela lei; (Porque não são justos diante de Deus os que ouvem a lei, mas os que praticam a lei serão justificados. Pois quando os gentios, que não têm a lei, fazem por natureza as coisas contidas na lei, estes, não tendo a lei, são uma lei para si mesmos: Que mostram a obra da lei escrita em seus corações, sua consciência também dando testemunho, e seus pensamentos mesquinhos enquanto acusam ou desculpam uns aos outros;). No dia em que Deus julgará os segredos dos homens por Jesus Cristo de acordo com o meu evangelho." (Romanos 2:10-16)*Mateus 22.36-40: “Mestre, qual é o grande mandamento na Lei? Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas.”(7) E Jesus, tendo ouvido isto, disse-lhes: Os sãos não necessitam de médico, mas, sim, os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores ao arrependimento. (Marcos 2:17)(8) “Não julguem, para que vocês não sejam julgados. Pois da mesma forma que julgarem, vocês serão julgados; e a medida que usarem, também será usada para medir vocês. 'Por que você repara no cisco que está no olho do seu irmão e não se dá conta da viga que está em seu próprio olho?' Como você pode dizer ao seu irmão: 'Deixe-me tirar o cisco do seu olho', quando há uma viga no seu? Hipócrita, tire primeiro a viga do seu olho, e então você verá claramente para tirar o cisco do olho do seu irmão.” (Mateus 7:1-5)(9) "Ora, se alguém irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão; mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada. E, se não as escutar, dize-o à igreja; e, se também não escutar a igreja, considera-o como um gentio e publicano. Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu. Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus.” (Mateus 18:15-19)(10) “Glória a Deus nas alturas, Paz na terra, boa vontade* para com os homens.” (Lucas 2:14)*Àqueles que tem o desejo, a boa intenção, em buscar a justiça, a bondade, o concerto. Thayer's Greek-English Lexicon. (2023). εὐδοκία - Ancient Greek (LSJ). Lsj.gr. https://lsj.gr/wiki/εὐδοκία (11) 1 Tessalonicenses 5:8, 11; Gálatas 6:2(12)[Desabafo às lutas internas do Ap. Paulo] “E eu sei que em mim, isto é, em minha natureza humana, não há nada de bom, pois quero fazer o que é certo, mas não consigo. Quero fazer o bem, mas não o faço. Não quero fazer o que é errado, mas, ainda assim, o faço. Então, se faço o que não quero, na verdade, não sou eu quem o faz, mas o pecado que habita em mim. Assim, descobri esta lei em minha vida: quando quero fazer o que é certo, percebo que o mal está presente em mim. Amo a lei de Deus de todo o coração. Contudo, há outra lei dentro de mim que está em guerra com minha mente e me torna escravo do pecado que permanece dentro de mim. Como sou miserável! Quem me libertará deste corpo mortal dominado pelo pecado? Graças a Deus, a resposta está em Jesus Cristo, nosso Senhor. Na mente, quero, de fato, obedecer à lei de Deus, mas, por causa de minha natureza humana, sou escravo do pecado.” (Romanos 7:18-25)(13) Apesar de algumas formas em hebraico e em grego relativas ao pecado, a raiz semântica (que traz significado — prático) ao pecado seria: “errar o alvo”, “errar o caminho” e, com isso, perder-se, trazendo prejuízo a si próprio — por um lado — e, as pessoas em volta, como bem expressa Abimeleque a Abraão (Gn. 20:9), quando este mentiu e enganou a todos — por medo de ser morto e tomado-lhe a mulher (por sua formosura) —, dizendo que Sara era sua irmã… Com isso, quase que alguém cometeria, sem saber, adultério. Porquanto, trazendo maldição a toda liderança e povo, consequentemente. Pierce, L. (2022). H2398 - ḥāṭā’. In Strong’s Hebrew Lexicon (kjv) (p. Outline of Biblical Usage). Blue Letter Bible. https://www.blueletterbible.org/lexicon/h2398/kjv/wlc/0-1/ Brown, F., Driver, S. R., & Briggs, C. A. (n.d.). (14) Promover o crescimento na sabedoria cristã, afeto, graça, virtude, santidade, bem-aventurança para crescer na piedade (empatia).