Seria o clássico “aconselhamento bíblico-cristão”(1), à parte reformada da igreja; uma “direção espiritual”(2), como propõe a igreja católica. De fato, seria à prática de uma “psicologia cristocêntrica-bíblica”(3), pelo viés terapêutico, do grego “therapeia”: o ato de prestar cuidados, de tratar de quem sofre — tal como Jesus aplica e desmistifica o que seria uma verdadeira “religiosidade terapêutica”, na passagem do “Bom Samaritano”(4).

À TCI, como o nome diz, tudo ocorre de forma integral e sistêmica(5), porquanto Deus escolheu ser “um” em “três” (“Uno e Trino”) (6), assim também Ele escolheu sermos um “sistema trino e integrado”(7):

• Corpo:

  • o fundamental instrumento à Gloria de Deus (8): sua materialidade, constituição e hereditariedade genética (9), seu desenvolvimento, forças e fraquezas, ações e reações químicas e elétricas, as quais influenciam o todo — e vice-versa (10).

• Alma:

  • a psiquê humana (11) —, o “conjunto dos processos psíquicos, conscientes e inconscientes”(12), e as emoções, sentimentos produzidos, nos quais “a alma interpreta a informação sensória do corpo que influencia suas ações”(13).

• Espírito:

  • ou, a “mente” num estado mais — ou menos — elevado de ação interna, como uma faculdade à compreensão — ou à falta dela —, no entendimento de si e do mundo, influenciando a maneira de pensar(14), principalmente, às “vozes” dos “diálogos internos”(15).

Às necessidades e dores daquele que está sendo tratado: 

Visando colocar a Pessoa, postura, ensinamentos e exortações de Jesus no centro dos processos, biblicamente, como parâmetro e meta a ser atingidos:

“Até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo [em nós]” (Efésios 4:13)

Numa visão holística, integralizadora desse corpo, alma e espírito, como num sistema (16) que “carece/necessita” e deve buscar “a Graça de Deus” diária e continuamente, para poder viver, plenamente (17).

Mostrar e poder realinhar a pessoa à missão de vida que, realmente, Deus preparou para ela.

Sendo assim, a TCI foi configurada — biblicamente — (19) a fim de trazer para uma sessão terapêutica de aconselhamento um norte, uma direção espiritual, à busca da verdade de quem se é — em Deus — via a PSICOLOGIA DE CRISTO(20): 

Valendo-se do conjunto funcional de sua alma humano-divina, contidos em sua mentalidade, posturas e processos (ativos e reativos), rumo ao “sobre-humano”(21), ao encontro do verdadeiro “EU”, em Deus. Pois, “Ele é, e [Quem] define a existência, a realidade e a vida.”(22).

A fim de que se alcance a superação, à transformação na regeneração proposta pela primeira e incisiva pregação do “Psicólogo dos psicólogos”(23):

“Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos céus!”(24)

Aplicado à TCI, ampliadamente, e de forma sistematizada, seria:

Pela, Graça Salvadora de Deus, vejam-se, avaliem-se, alarmem-se e mudem seus caminhos de vida. “Arrependei-vos” de seus:

Pensamentos > Comportamentos > Hábitos: de tudo que faz pecar(25): errar o alvo (26), ou, o Caminho; àquilo que desvia da missão com Deus (27).

“Pois é chegado o Reino de Deus” à humanidade, ou seja, o momento de ser transformado em “Nova Criatura” (do “Reino”): “Verdadeira”, “Misericordiosa”, fazendo e trazendo: “Justiça, Paz e Alegria no Espírito Santo”, a todos e tudo à sua volta. (28) 

Por fim, transcendendo para uma abordagem pessoal, familiar e social de regeneração, qual leva em consideração o estado físico, emocional e espiritual de todas as partes envolvidas, internas e externas à vida da pessoa, assim como toda a historicidade (36) cristã bíblica refletida em cada circunstância e ente humano envolvido — desviado —, necessitado por reconciliação com Deus, na pessoa de Cristo (37).